L i s B o A

Lisboa, essa cidade que fica de “cara” pro mar e ainda à margem de um rio chamado Tejo. O Atlântico está aqui, banha toda a costa litorânea e com um binóculo consigo ver o Brasil 😉 Lisboa de Fernando Pessoa, de Camões (não sabemos se ele nasceu aqui, mas morrer com certeza morreu, rs)… Cidade de parte de nossos antepassados, cidade que faz parte de nossa história brasileira. Lisboa de mar, rio e serras. Cidade de prédios baixos e coloridos de azulejos. Cidade onde mora o vento. Lisboa habitada por Miguéis, Anas, Josés, Marias João, Filipas, Joanas, alfacinhas (assim são chamados os que são nascidos em Lisboa, filhos de pais também lisboetas). Lisboa rs.

Desde pequena venho aqui, antes com os meus pais e a passeio. Mas quando cá estive em 2016, para participar de um congresso, falei assim sem pretensão e para mim mesma: “Eu poderia morar aqui”. Falei sem imaginar que meses depois eu decidiria mesmo vir. A vida tem dessas coisas.

Eu me lembro que antes de me mudar, li em algum lugar que Lisboa não era uma cidade com muita natureza. Essa não é a minha impressão, não é o que vejo no meu dia a dia. Lisboa é uma cidade pequena (tem cerca de meio milhão de habitantes), tem parques e várias praças, é arborizada, tem vista (mirantes), está rodeada por mar, rio e serras forradas de vegetação.

Em poucos dias, pode-se visitar lugares bem legais. Irei brevemente apresentá-los. Sejam bem vindos ao meu tour (com direito à trilha sonora, clique aqui).

Parte-se da rotatória (aqui se diz rotunda, rs) Marquês de Pombal e ali começa a Avenida da Liberdade, avenida linda, cheia de árvores e de bancos para se sentar, há também pequenos bares, onde você pode tomar um café ou uma imperial (como aqui se diz chope). Ao fim da avenida, chega-se na Praça dos Restauradores e em seguida, a poucos metros, no Rossio, que também é uma grande praça. Todo esse trajeto é feito em 15 ou 20 minutos de caminhada, é realmente tudo pertinho. Do Rossio, você pode pegar 3 ou 4 direções, cada uma te conduzirá a um lugar diferente. Se continuar andando, sempre em frente, chegará na praça do Comércio, que fica à margem do rio Tejo. Se decidir subir, à direita, chegará no Chiado, passando pelo famoso elevador de Santa Justa, onde, pelo que tenho observado, os turistas sempre gostam de tirar fotos – o elevador em si é realmente bonito e lá de cima, caso decida subi-lo, há uma vista muito bonita da cidade. O Chiado é uma região de lojas, bares, restaurantes, e como fica no alto, de lá consegue-se ver o rio e a região do cais. Estando ali, vale a pena tomar um café no famoso (e lindo) café A Brasileira, onde você pode sempre encontrar o Fernando Pessoa – ele está sempre ali, sentado em uma das mesas que ficam na esplanada do café 😉

De volta ao Rossio, você pode seguir em frente e ao chegar à Praça do Comércio, caminhe à esquerda, sempre à margem do rio, e então chegará aos pés do bairro Alfama, que vale a pena ser visto. Bairro antigo, de ruas estreitas que se emaranham em um labiríntico caminho que sempre sobe e sobe e sobe… Acho que Alfama tem um pouco daquela imagem que temos em mente quando imaginamos Portugal… É um bairro residencial, muitos portugueses vivem ali, mas também conta com vários restaurantes, porque é muito visitado por turistas. Ah, antes de subir para conhecer Alfama, ali ao pé do bairro, há a Fundação José Saramago, que eu ainda não visitei, mas quero muito conhecer.

Algumas fotos:

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Rotatória Marquês de Pombal
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Avenida da Liberdade
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Rossio
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Rua Augusta e lá na frente, depois do arco, a praça do Comércio, à margem do rio Tejo
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Chiado
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Floricultura no Chiado
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Informação de suma importância: no Chiado tem uma confeitaria/fábrica de pasteis de nata, chamada Manteigaria. Os pasteis de nata deles são tão bons quanto àqueles de Belém. Vale a pena experimentar. A Manteigaria fica na rua do Loreto, 2.
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Do Chiado consegue-se ver o rio lá embaixo, a região do Cais do Sodré

 

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A vista que temos em Alfama
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Do alto do elevador de Santa Justa, você pode tomar um gin tonic (drink muito bebido aqui) e apreciar a vista. Lá do outro lado, iluminado, está o Castelo de São Jorge, que também vale ser visitado.

Para almoçar, recomendo: o Café Tati, rua Ribeira Nova, 36 (fecha às segundas-feiras), na região do Cais do Sodré; ambiente descontraído, porém charmoso, comida saborosa e preço ótimo. Para depois do almoço: sorveteria Gelato Davvero, que fica na Praça de São Paulo, 1, a apenas 2 quadras do Café Tati; o sorvete é artesanal e maravilhoso.  Para jantar: Bar Artis, localizado na boêmia região do Bairro Alto (ao lado do Chiado); sugiro as gambas (camarões fritos em azeite e alho), o polvo e as batatas bravas! Bar Artis – rua do Diário de Notícias, 95.

Para além dessa região central… Há coisas, rs. Pegue o trem ou ônibus ou ainda um bonde na estação Cais do Sodré e vá até Belém… Para comer os famosos pasteis de nata de Belém, para visitar o Mosteiro dos Jerónimos (onde está enterrado Camões) e para se deitar no gramado do lindo jardim que lá está, tendo como vista o rio Tejo. Lá ainda estão o Monumento aos Descobrimentos, a Torre de Belém, o Museu Coleção Berardo (museu de arte moderna e contemporânea), o Museu Nacional dos Coches (carruagens) e o planetário. Voltarei com fotos de Belém, porque merece uma postagem à parte.

Outro passeio legal, é ir até a estação Oriente (linha vermelha do metro), para lá caminhar pelo Parque das Nações e visitar o Oceanário; engana-se quem pensa que é uma passeio apenas para crianças.

Estes são os principais pontos turísticos. Há outros lugares a serem vistos e que só ficamos conhecendo depois de passar um tempo a mais na cidade. Voltarei para apresentar os meus pontos preferidos de Lisboa e deixo, para terminar, fotos do Cais do Sodré, tiradas neste verão. Ótima segunda-feira para todos nós.

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