Caldas da Rainha

Hoje pensei, ainda mais e de uma forma especial, em minha mãe… Hoje é o seu aniversário e, em busca de fotos suas, deparei-me com as fotos que fizemos quando ela e meu pai estiveram aqui, ainda mês passado.

Entre alguns passeios que fizemos juntos, visitamos Caldas da Rainha, uma cidade sobre a qual já tinha ouvido falar, tanto pela famosa cerâmica, que falarei a seguir, quanto pelo seu registro na história de Portugal – a cidade foi fundada pela rainha D. Leonor e era famosa pelas suas águas termais. Eu já tinha gostado da cidade pelo próprio nome que tem, rs, Caldas da Rainha…

Quisemos ir a Caldas porque ouvimos que ali acontecia uma feira livre de cerâmica. Devo dizer que depois que vim morar em Portugal, descobri a beleza das peças feitas em cerâmica e passei a enxergá-las. Há um famoso ceramista português, chamado Raphael Bordallo Pinheiro (viveu no século XIX e faleceu em 1905), cuja fábrica fica em Caldas da Rainha. A fábrica tem uma loja de 2 pisos e no andar superior, para a nossa felicidade, há um outlet – onde, por preço acessível, é possível comprar uma linda peça de cerâmica que, além de ter utilidade, tem valor artístico e a marca de um estilo. Essas sim são verdadeiras peças made in Portugal. A loja tem site (clique AQUI caso queira conhecê-lo) e ali selecionei fotos das peças que mais gosto. Seguem!

 

 

 

E agora as que acho mais fabulosas rs… Pelas cores, pelas formas…

Abóboras, morangos, couve, peixe, laranja, tomate, berinjela… Acho tão original! Comprei um prato couve para mim, não resisti à beleza.

A loja da fábrica fica na rua Rafael Bordalo Pinheiro, 53, onde você consegue tranquilamente chegar caminhando… Caldas é uma cidade pequena.

Fomos em busca de uma feira de cerâmica e encontramos, em uma pracinha, uma feira de frutas, verduras, flores e doces; estava cheia de movimento. Compramos figos caramelizados, tangerina, tremoço para petiscar e os famosos “beijinhos”, doce típico de Caldas… É uma espécie de bolinho envolto em açúcar. Comemos logo tudo ali, sentados nos bancos da praça. Há outro doce típico, as “cavacas”, e ainda não tive o prazer de experimentá-las.

Uma coisa vendida na feira e que adorei: batas doces assadas, já prontas para comer… Tão doces, que pareciam ter sido passadas no mel.

Beijinhos e suspirinhos – os portugueses adoram os diminutivos e eu comecei a achar esse modo de falar bem bonitinho rs

Como se já não tivéssemos adorado Caldas, caminhando pela cidade, chegamos a um portão… entramos e ali me deparei com um dos parques mais lindos, talvez o mais lindo, que já vi. Parque D. Carlos I. Na minha opinião, quem quer que vá a Caldas, tem que ir e ver com os próprios olhos esse lugar.

No parque há pavões, patos e cisnes, que circulam livremente… Há algumas mesas, bancos, um pequeno lago e um café, onde almoçamos e que já valeria pelo visual. Pelo que pesquisei no Google, o parque foi construído anexo ao Hospital Termal… Para os pacientes poderem caminhar e estar ao ar livre. Tudo isso na época dos reis e rainhas… Ali também há um antigo casarão que será reformado e transformado em hotel – peguei uma foto do Google, para partilhar com vocês:

Para concluir, Caldas da Rainha fica em uma região chamada Leiria. Recentemente, a região sofreu com um duro incêndio e muito foi perdido de uma floresta que existe ali há séculos e que se chama Pinhal do Rei. Felizmente não houve feridos e estou na torcida para que haja uma replantação, como se diz aqui. Ainda quero ali voltar, para experimentar um banho termal.

Um beijo.